Júlia + Tânia |
“O nosso amor não deve magoar ninguém”* O amor deve ser a explosão mais magnífica e genuína de felicidade, sem compadecimentos com constrangimentos que somente residem na mente de quem vive manietado do viver, pleno e ausente, da simbiose perfeita com o seu Ser e com o outro.
A Júlia e a Tânia são um exemplo dessa simbiose e do que deve significar o amor.
Um amor sem culpas. Um amor sem ausências. Um amor sem desculpas. Um amor sem complacências.
Um amor verdadeiro e genuíno. Um amor intenso, mas sereno. Um amor livre, mas presente. Um amor doce e salgado.
Daquele sal que tempera o ser. Daquele ser que preenche a alma. Daquela alma que aumenta o sentir. Daquele sentir que faz explodir.
Doce, cá dentro…
Explodir de sensações sentidas, abraçadas, vividas e partilhadas com o interior da íris, onde, nem todos são capazes de viver o sonho, acordado, que adoça o caminhar diário, a dois, lado a lado, num caminhar sorrido e pleno de sentido em busca desse verão “do eu”, “do teu”; “do verão de nós e em Nós!” E foi isto que tentei transmitir com este trabalho.
Consegui captar a essência do sorriso, do toque, da intimidade, da serenidade, da cumplicidade entreolhada e sentida que nos faz ver, em cada foto, o verão do amor da Júlia e da Tânia, nesse solstício que alimenta e aquece a alma de quem o vive.
Viver o verão nos Açores é ótimo. Viver o verão, com amor, nos Açores, é único!
É difícil colocar em palavras o poder que o Verão tem sobre os seus residentes e em quem nos visita. Este clima temperado oceânico, que nos dá o privilégio de termos dias com as quatro estações em 24 horas, é também o clima que nos oferece dias repletos de sol. Dizem as gentes que o tempo mudou. Mudou o tempo das mentes, mas mudou, quiçá, este tempo meteorológico, sentido na pele, de um dia repleto de sol, que, este ano, tem escasseado. No entanto, quando o astro rei nos sorri… é a pura magia, que acentua as cores destes Açores.
Açores a azul e verde, onde paisagem, calma, ar puro, genuinidade e o som da maresia inalada nos fazem mergulhar, em cada recanto, em direção a tesouros naturais que impressionam. No entanto, é preciso estar atento aos detalhes, a cada pormenor que se cruza connosco, diariamente, tal é a imensidão de belezas naturais que nos sorriem, com muitas delas a passarem despercebidas, como se envergonhadas fossem.
A sessão de hoje foi num desses locais arrebatadores. O Morro de Lemos. Um vulcão, de erupção submarina, já muito desgastado pela erosão marítima, mas cujas formas, esculpidas pelos elementos externos, ao longo dos anos, chamam à atenção de qualquer um que tenha o privilégio de ali passar. A vista é imensa e a paisagem soberba. Um local onde se podem assimilar diversas paisagens. As Velas, mesmo ali no sopé; o Pico e a sua altaneira montanha a espreitar; Rosais e a sua longa extensão planáltica, que nos alimenta a imaginação de campos trabalhados outrora; e, a juntar a tudo isto, o ingrediente secreto - o mar, predominante na paisagem, sempre poderoso e misterioso, mas que abraça estas ilhas como ninguém, num abraço apertado e protetor. O Morro de Lemos apresenta uma grande variedade de paisagens, tanto dentro, como fora da água, o que torna este sítio único nos Açores. As grandes falésias do morro elevam-se, praticamente, a pique, desde o fundo marinho até ao seu cume, coroado, ultimamente, por aquela que deve ser a égua mais fotografada das redondezas. E lá está ela, tranquila, num quase olhar de despeito para nós, por lhe estarmos a perturbar o sossego. Estava um daqueles dias de Verão. Este calor açoriano, apimentado por esta humidade constante que acentua a perceção da temperatura, e o céu azul, muito azul, em contraste com as cores desérticas que o tufo do Morro de Lemos nos proporciona, ofereceu-nos o cenário perfeito - tudo se alinhou para uma sessão repleta de Amor. Para um brinde ao amor. E lá fomos nós, por entre ervas secas, caminhos mais ou menos acidentados e pedras de tufo, até alcançar o topo do Morro de Lemos.
Silêncio. Fez-se silêncio.
O cenário era, literalmente, estonteante. Lá no cimo, encontramos a famosa égua, rainha do topo deste morro, em aparente meditação. Um olhar de soslaio e lá continuou ela, absorta, qual estátua, no topo deste monumento natural, em estado quase meditativo, com uma vista privilegiada, enquanto nós andamos nas correrias do dia a dia, sem nos apercebermos de que ali, mesmo ao nosso lado, encontramos um local tão mágico e espetacular.
Num passo nervoso e repleto de curiosidade, seguiam-nos a Júlia e a Tânia que se deixaram encaminhar para a nossa sessão. Nervosas no início, rapidamente se entregaram e despiram de qualquer preconceito e permitiram o registo de momentos especiais, tão especiais quanto o amor deve ser – único! Senti-me um privilegiado. Registar, para a prosperidade, através do meu olhar e da objetiva da minha câmara, dois seres únicos, em momentos de um verão de amor. E o amor é, de facto, aquele ingrediente secreto que dá o toque único e fundamental à vida. E amar é essencial, sem limites ou definições, porque, ao ser definido, implicaria, logo, uma limitação, e o amor deve ser isso mesmo, livre, vivido de forma plena e livre.
Amar sem definições…
O amor romântico possui um caráter de idealização entre as pessoas da sociedade ocidental, desde o seu surgimento, entre os séculos XVI e XVII, aparecendo, desde aí, o desejo de encontrar a pessoa perfeita, que “nos complete” em todos os
O amor!
Esse sentimento que transforma vidas, que provoca uma explosão de sensações, como euforia, desejos, confiança, contentamento, prazer, angústia, tristeza e tantos outros sentimentos que nos fazem, por vezes, agir como “tolos”, perante aquela sensação de borboletas no estômago. Quando estamos apaixonados, acontecem inúmeras explosões químicas dentro do nosso corpo. O beijo, o cheiro, o toque e o carinho partilhados fazem parte do dia a dia.
A nossa sessão foi sensacional. “Os astros alinharam-se” como dizia a Tânia. “O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.” Fernando Pessoa.
Fotografar a Júlia e a Tânia foi ter o privilégio de partilhar, com elas, o solstício do seu amor, deste amor vivido nos Açores e registado em São Jorge, entre o azul infinito, deste mar salgado, e o doce verde esperança, destas ilhas românticas que nos remetem para a essência do amor: o amor livre, livre de géneros.
À Júlia e à Tânia, que o amor delas seja um verão constante.
Se planeia a sua própria sessão, por favor, não hesite em entrar em contacto comigo para discutir as suas necessidades de fotografia. Caso pretenda, poderá compartilhar este post nas redes sociais. Obrigado.
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